terça-feira, 24 de abril de 2012

Condicionamentos




Treinamento de pulgas
Sabe como se treina uma pulga? Feche-a dentro de um vidro e feche-o. A pulga não gosta de ficar presa e começa a pular. Ela pula, bate na tampa do vidro e volta. Ela vai fazer isso várias vezes, até que seu cérebro chega à conclusão de que não adianta. Então, ela começa a pular mais baixo, sem bater na tampa. Depois que isso acontece, você pode tirar a tampa do vidro que a pulga nunca mais vai pular para fora. O cérebro dela ficou condicionado à existência da tampa e ela não identificará mais a sua ausência.

Treinamento de elefantes
O treinador pega o ele¬fante, quando filhote, passa uma corda no pescoço dele e o amarra a uma árvore. O elefantinho tenta sair, mas a árvore é pesada, forte, e ele não consegue. Depois de várias tentativas, ele desiste. Aí ele cresce, vai para o circo, e o palhaço, para pren¬dê-lo, só tem de amarrá-lo à perna de um tamborete. O elefante continuará sempre pensando que está amarrado em uma árvore.
Não somos pulgas nem elefantes, mas também temos uma série de condicionamentos. Mas, geralmente, não nos damos conta disso.

As limitações e a programação negativa
Por que será que temos tanta dificuldade para nos comportar em nosso próprio benefício?
O 99% do poder da mente humana está con¬cen¬trado no inconsciente. Mas toda a nossa educação costuma explorar apenas o consciente. Não nos ensinam a tra¬ba¬lhar com o inconsciente, cuja porta de acesso é o hemisfério direito do cérebro.

As limitações que vivemos decorrem da programação negativa instalada em nós durante a infância, e também do uso limitado que fazemos do nosso cérebro. Todos temos dentro de nós um “termostato” que determina o nosso valor. Aliás, todos temos escrito na testa, com tinta invisível, o quanto valemos. Quando au¬menta o seu termostato, você aumenta o valor que acha que tem e, em conseqüência, au¬menta o que o mundo vai entregar para você.

Quem determina o seu termostato ou o seu valor pessoal, é você. E essa temperatura interna não tem nada a ver com a temperatura externa. Se o seu ter¬mos¬tato interno diz, por exemplo, que você vale meio milhão de dólares, isso é o que o mundo tende a entregar para você, independentemente da crise econômica, da si¬tuação do país, da conjuntura mundial etc.

O que vale é a sua estrutura interna. O mundo é um reflexo do seu interior.

Para acompanhar a evolução do mundo, você precisa usar o seu cérebro de modo diferente do habitual. Se você tiver sucesso dentro do seu cérebro, o sucesso virá. Se você tiver amor, vai receber amor.
No momento em que você muda suas cren¬ças e seus valores, o mundo muda para você num estalar de dedos.

William James, um dos grandes filósofos e psicólogos americanos, disse: “Até agora pensava-se que, para agir, era preciso sentir. Hoje, sabe-se que, se começarmos a agir, o sen¬ti-mento aparece.”. E concluiu: “O pas¬sarinho não canta porque está feliz, ele está feliz por¬que canta”.

Ainda que esteja de¬pri¬mido, se você começar a agir de um jeito feliz, você pas¬sa¬rá a se sentir feliz e, então, será feliz. O com¬por-ta¬mento muda o sentimento e este muda o pen¬sa¬mento.

Seguindo esse raciocínio, você pode não estar recodificando diretamente as crenças negativas instaladas no seu cérebro. Mas estará di¬mi¬¬nuin¬do o peso delas na sua vida e, ainda, estará exercitando a forma correta de ins¬talar crenças positivas no seu cérebro.
O know-how do sucesso


O know-how do sucesso envolve cinco atributos: auto-estima, comunicação, metas, atitude e ambição. 

Auto-estima
A primeira grande característica das pessoas que sabem viver e, portanto, são bem-sucedidas, é a elevada auto-estima. Se¬ você não gosta de si mesmo, o mundo também não vai gostar. Nós vamos lidar longamente com este assunto no próximo capítulo.

Comunicação
Outro importante ingrediente para o sucesso é a comunicação.  Essencial, tanto para o sucesso pessoal quanto pro¬fis¬sio¬nal, a comunicação, infelizmente, não é ensinada nas escolas. Em geral, as pessoas são autodidatas em comunicação ou aprendem a comunicar-se por imitação ou osmose.

Na era da agricultura, mandava quem tinha terras. Na era industrial, mandava quem tinha dinheiro. Na era da informação, manda quem tem informação. Mas a informação, para ser válida, precisa ser comunicada.

Metas
Pessoas bem-sucedidas sabem o que querem. Elas têm metas e sabem a importância de sonhar. O segredo do sucesso é muito simples: sonhar de noite e trabalhar de dia. Se você só sonha, não resolve. Você tem que deixar a imaginação trabalhar. Todas as grandes invenções vieram da imaginação. 

Há pessoas que sonham a vida inteira e nada acontece. Por que será? Porque, além de sonhar, elas têm de saber o que querem. 

E como se transforma um sonho em meta? Estipulando uma data. (Para saber como transformar uma meta em realidade, esteja atento aos próximos artigos!) 

Atitude
O mais importante para você ter sucesso na vida é a sua atitude. Napoleon Hill comprovou que, diante de um copo com água até a metade, pessoas bem-sucedidas tendem a dizer que o copo está meio cheio, e não meio vazio. Ou seja, elas vêem a parte positiva. Tudo na vida tem dois lados, e você vai ver que é possível melhorar a sua atitude.

Todos os milio¬nários que Hill entrevistou trabalhavam bas¬tante. Afinal, para ter sucesso é preciso trabalhar. Mas, os operários de fábricas também trabalham bastante... Trabalho é uma característica importante do sucesso, mas sozinho não re¬solve. 

Ambição
A última das características mais importantes entre as pessoas bem-sucedidas é a ambição. Ambição e ganância não são a mesma coisa. Am¬bição é um direito do ser humano. Existe uma palavra japonesa, kaizen, que define bem o que é ambição: melhora contínua. 

Hoje, melhor que ontem; amanhã, melhor que hoje.

Quem tem essa programação mental, faz a diferença.

Se o cérebro fosse um computador, ele seria hardware, ou seja, o equi¬pa¬mento; e as idéias seriam o software — o programa que vai comandar o equipamento. Ninguém nasce gênio. Naturalmente, algumas pessoas são mais habilidosas para certas coisas do que para outras, e isso pode representar uma vantagem na vida delas. Mas, mesmo as pessoas que vêm ao mundo com um po¬ten¬ci¬a¬l maior, se não tiverem uma boa “programação” podem acabar anulando essa van¬tagem.

Por falta de programação, muitas dessas pes¬soas acabam fazendo um aproveitamento medíocre de sua capa¬ci¬dade mental. Elas acabam se tornando menos “in¬te¬ligentes” que outras, com menor potencial, mas que sabem apro¬veitar melhor a capacidade mental de que dispõem.

Qualquer que seja a sua capacidade mental, você pode faze-la trabalhar a seu favor.
Tipos de linguagem


Tudo o que foi codificado em sua mente durante a infância ou a adolescência pode ser modificado pela linguagem. Tanto os conceitos quanto os preconceitos sobre os mais variados assuntos, tudo pode mudar!
Há um tipo de lin¬guagem que gera ação e outro que não gera ação.
Se você disser que a sala está quente, por exemplo, isso não modifica em nada a condição da sala. Se ela estava quente, continuará quente. Já, se você pedir para alguém abrir a janela, pois a sala está quente, poderá haver alguma alteração, não é mesmo? Você não apenas dirá alguma coisa, como fará uma soli¬ci¬ta¬ção.
Solicitação é um tipo de linguagem que gera ação. E declaração também.
A declaração é um tipo de linguagem que gera ação, mas é preciso ter autoridade para utilizá-la. Se um homem e uma mulher comparecem diante de mim para se casar, eu os mandaria procurar um juiz, pois eu não tenho autoridade para isso. Um juiz, porém, pode declará-los marido e mulher. E mesmo que no minuto seguinte à declaração do juiz um deles diga que mudou de idéia, a declaração feita pelo juiz já terá mudado a realidade jurídica daquelas duas pessoas: elas, agora, são marido e mulher. E para mudar essa condição, só mesmo uma nova declaração do juiz em um processo de divórcio.
A declaração cria realidade.
Eu lhe pergunto agora: quem tem mais autoridade sobre você? Você. Quando você tinha 5 anos, eram seus pais. Mas hoje é você.
Imagine que você tem 5 anos de idade e um indivíduo, que tem duas vezes o seu tamanho e cinco vezes o seu peso, aproxima-se e diz que você é estúpido. Se você não fosse estúpido, ficaria na hora!
Mas o que é, nesse exemplo, “ser estúpido”? É lingua¬gem. Então, se é linguagem, isso pode ser recriado aqui e agora.
Hoje, você tem autoridade para declarar o que você é. E o que você declarar é o que passará a ser a sua realidade. Você pode fazer declarações com relação àqui¬lo que você quer ser ou gostaria de ser. Comece logo.
Faça pelo menos cinco declarações que con¬sidere as mais importantes. Vou lhe dar algumas di¬cas, que você pode aproveitar, mas pense também em outras.
— Eu declaro que sou inteligente.
— Eu declaro que sou próspero.
— Eu declaro que sou a força criadora da minha vida.
— Eu declaro que sou livre.
— Eu declaro que sou sincero comigo mesmo.
— Eu declaro que sou sadio.
Com as suas declarações, você cria o ser, que vai levá-lo a fazer a ação correspondente e, em consequência, o levará a ter o resultado da sua ação.

Primeiro você é, depois você faz, depois você tem.
As pessoas costumam dizer: “Ah, se eu tivesse dinheiro, faria o que os ricos fazem”.
Não é esse o caminho. As coisas funcionam assim:
1º. Você declara que é próspero.
2º. Você passa a fazer o que as pessoas prósperas fazem.
3º. Você tem prosperidade.
O segredo está na ordem das coisas. Não é ter-fazer-ser, como a maioria das pessoas pensa, mas ser-fazer-ter. Lembre-se disso